Crônica de um gremista
Não é com felicidade que escrevo esta crônica, após tanto tempo aqui no blog.
Entre muitos afazeres, como uma faculdade terminada e projetos pessoais, o tempo passou e nada trouxe de significativo aos pampas tricolores.
É bem verdade que a chegada do Felipão trouxe novo ânimo aos torcedores, e alguma identificação, há tanto perdida, ao time dos guerreiros azuis. Mas nada que fosse convertido em títulos, ou alegrias definitivas.
Não concordo quando classificam o time do Grêmio como um time limitado, e que “foi longe demais no brasileirão”, como pregam muitos dos ditos “cronistas esportivos” do nosso país.
Entendo que a realidade é que o imortal tem um time competitivo, com algumas carências na reposição, mas que sim, tem totais condições de vencer qualquer concorrente, dentro ou fora de casa.
Infelizmente, associo os fracassos ao longo do ano, e a não classificação à Libertadores de 2015, aos tropeços por conta de uma instabilidade emocional que temos carregado ao longo dos anos.
A pressão, cada vez maior por sucessos, e que se arrasta há mais de uma década, vem deixando ansiosos os nossos jogadores e comandantes. E não há solução fácil para isso.
Para que essa pressão por fim acabe, é preciso ganhar um título, mas esse título é o que causa a pressão.
Matemática difícil, diria eu.
O ano que vem, porém, nos reserva alguma incerteza.
Cortes de custo, liberação de atletas, investimento na base e contratações pontuais, são a tônica da próxima gestão, e devem trazer alguma desconfiança, em especial no começo do gauchão.
Mas acredito no que o Felipão está plantando, e em especial, após sua negativa de proposta milionária da China, priorizando sua permanência em Porto Alegre e no Grêmio. Oras, eu sei que não foi puramente por amor ao Grêmio, e que outros fatores pessoais também pesam nesta escolha, mas acredito em projetos de longo prazo, e no que nosso técnico está fazendo.
Nos resta acreditar e torcer por um ano melhor.
Passo a passo, temos condições de voltar ao caminho das vitórias.
É trite pensar assim, mas pra começar, o Gauchão! Quem sabe a pressão diminui e algo melhor se desenha nos próximos capítulos?
Que venha 2015, e que seja um ano melhor.
Abraços!