Caímos (outra vez)
Pois é minha gente. Aconteceu. Mais uma vez. E agora?
Acho que antes de falarmos de futuro é importante uma reflexão. Afinal, como um time que tinha jogadores do calibre de Douglas Costa, Ferreirinha, Geromel, Kanneman (etc, etc, etc), com salários em dia, estrutura impecável e suporte da torcida acabou caindo de forma tão absurda?
É hora da retrospectiva 2021!
Primeiro Semestre
A COVID atrapalhou os planos de todos. Também do Grêmio.
Mas lá em Março, o imortal começava a jogar a pré-libertadores (com Renato) e o Gauchão.
Vitórias na competição local e sofrimento na continental marcaram a queda de Portaluppi. Merecida, diga-se.
Era lógico o desgaste da comissão técnica, e inexistência de uma estrutura de futebol. As consequentes falhas de planejamento, trazendo na sequência nosso esquecível Thiago Nunes, mostraram que não havia plano, nem conhecimento sobreo que estava acontecendo.
Aqui cabe uma ressalva: Renato cuidava do Grêmio, é verdade… mas cuidava sozinho. Acabou se tornando o “Manager” do futebol, no melhor estilo Europeu, em um cenário que não era compatível. Sua saída levou tudo embora, e o Grêmio não estava preparado pra isso.
Com Thiago Nunes, tudo parecia encaminhado. Algumas vitórias e o título do Gauchão. Memes falando sobre a facilidade do trabalho que o novo técnico tinha recebido circulavam nas redes sociais. Uma festa.
Demorou pouco tempo para percebermos a dura realidade. Começou o Brasileirão!
Ainda em Maio, começou o Brasileiro, e com 3 derrotas em sequência já estávamos na zona do rebaixamento. Aliás, nunca saímos de lá.
Ceará, Athlético e Sport nos mostraram o que seria o ano.
Embora em jogos com alguma perspectiva (como a quase vitória contra o Ceará), nosso time tinha jogadores que desapareceram logo depois (Isaque, lembra dele?).
O primeiro semestre acabou com ZERO vitórias no Brasileirão. Eu disse ZERO!
Segundo Semestre
Já era julho quando o Grêmio – já com Felipão – venceu o Fluminense de Roger, lá no Rio de Janeiro. Com gol chorado, no fim do jogo, veio a primeira vitória. Parecia uma luz pois, apesar do time de Felipão não ter formato, tinha competição.
Empatamos a próxima, perdemos, e depois veio a Chape… outra vitória! Agora vai, pensamos…
Outra derrota, e uma sequência de 2 bons resultados! Esperança renovada.
Mas a realidade mostrou rapidamente que o problema era profundo. Gols no final por ansiedade… ou no começo, que desmontavam o emocional do time, fizeram com que mesmo os bons resultados fosse cambaleantes. Sempre com a corda no pescoço.
Vitórias esporádicas, muitas chances de sair do Z4 (ao menos 3 vezes o Grêmio dependeu só de si), e notícias de bastidores mostraram que não havia saída. Série B estava na nossa porta.
Fim de ano e 2022
O fim do ano acabou de forma melancólica. Nem mesmo a vitória contra o Galo (campeão!) na última rodada, por 4 a 3, nos salvou. E foi por pouco, apesar de tudo. Bastava o Corinthians ter vencido o Ju, em Caxias. Não deu, mas mesmo que o fosse, não teria sido justo. O Grêmio mereceu cair.
Para o próximo ano, o desmonte já chegou. Muitos jogadores saindo, e outros chegando, com o objetivo de ajustar a folha. (espera-se que em um nível que evite o mesmo fim de Vasco e Cruzeiro).
O que fica de lição, no ponto de vista deste humilde torcedor, é que não adianta deixar tudo nas mãos de pessoas de fora do clube (como foi com Renato), nem esperar soluções mágicas dos anos 90 (como nosso tardio Diretor de Futebol). A gente precisa de profissionalismo no futebol do Grêmio. A gente precisa de uma comissão técnica de qualidade para apoiar qualquer que seja o treinador e seus auxiliares.
Mancini ficou para 2022. Que a gente consiga sair dessa!
Da-lhe Grêmio!